Descubra quais medidas o seu negócio deve ser priorizar para garantir um sistema de produção agrícola mais barato e eficaz.
É realidade afirmar que os gestores agrícolas vêm enfrentando e superando grandes obstáculos nos últimos anos. Isso ocorre, em especial, em decorrência da aparição de um novo perfil do consumidor, que exige soluções mais sustentáveis – principalmente pautadas na preservação do meio ambiente – e que, ainda assim, mantenham a qualidade original do produto oferecido. Esse novo poder de influência do cliente é notado, especialmente, pelo segmento industrial, mas também pode ser sentido diretamente na gestão agrícola.
Essa mudança ainda foi acelerada em 2020 devido à pandemia de COVID-19, que moldou rapidamente a rotina e os hábitos de consumo ao redor do mundo. A necessidade do isolamento social para prevenir a disseminação do vírus, por exemplo, foi responsável por causar a escassez temporária de determinados alimentos e impactou diretamente nos resultados dos negócios.. Isso nos coloca de frente à possíveis consequências drásticas, que motivam os governos a apostarem em medidas como o nacionalismo e autossuficiência e os consumidores a optarem por produtores locais.
Isso faz, claro, com que o sistema de produção agrícola seja revisto, buscando uma otimização da cadeia produtiva como um todo. É importante lembrar que, apesar do baque nas iniciais e promissoras estimativas de crescimento para 2020, definidas antes da crise econômica causada pelo coronavírus, o mercado agrícola ainda possui ótimas oportunidades de crescimento, já que encerrou o ano de 2019 com o valor da produção de R$ 630,9 bilhões – um recorde para a série histórica, iniciada em 1989.
Muito falamos das mudanças no cenário agrícola geral, mas como essa mudança deve ser feita individualmente? Antes de entrarmos em detalhes, é necessário entendermos os diferentes tipos de sistemas agrícolas e suas vantagens.
Tipos de sistema de produção agrícola
A produção pode ser praticada por meio de dois principais modelos: intensivo e extensivo. O intensivo é o mais comum, mas o extensivo é o que menos agride o meio ambiente. Conheça as peculiaridades de cada um.
Sistema de produção agrícola intensivo
De maneira geral, a agricultura intensiva é utilizada para obter a máxima produtividade média por hectare. A preparação do solo, o cultivo e a colheita são determinados e aplicados por meio de técnicas avançadas e, muitas vezes, extremamente nocivas para o meio ambiente. Entre elas: uso de agrotóxicos, desmatamento, empobrecimento da área cultivada em consequência do plantio recorrente, entre outras.
É um sistema válido para quem busca aumento do índice de produtividade, mas traz grandes consequências ambientais.
Sistema de produção agrícola extensivo
Pode ser visto, como o próprio nome já indica, como oposto ao sistema intensivo de produção. Comumente é usado na agricultura familiar, em que a capacidade de produção é limitada, o modelo extensivo é focado na subsistência, vendendo apenas o excedente do cultivo. Dessa maneira, dispensa o uso de agrotóxicos – que ainda podem ser usados, mas em pequenas quantidades –, possibilita o cultivo de alimentos mais saudáveis e garante a boa preservação do solo.
A produção agrícola extensiva oferece baixa produtividade, quando comparada ao modelo intensivo, para garantir a máxima qualidade dos alimentos e da área de plantio.
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4 dicas para otimizar seu sistema de produção agrícola
Tendo definido o modelo a ser seguido – intensivo ou extensivo –, é hora de questionar: quais medidas podem ser adotadas pelas empresas que desejam se adaptar aos novos tempos, com processos mais ágeis e econômicos? Sem mais delongas, vamos às dicas!
1. Faça a rotação de culturas
Cuidar da preparação do solo para manter a saudabilidade da lavoura, ainda que em um sistema agrícola intensivo, é necessário para maximizar sua produção. Por isso, pense a longo prazo. Comece analisando as características de cada área de cultivo e coletando informações a respeito das plantações atuais, depois, desenvolva um planejamento de rotação de culturas sólido e eficaz — isto é: alterne o produto a ser plantado em uma área específica.
Essa técnica reduz consideravelmente a exaustão do solo, principal causa do aumento de pragas, plantas daninhas e perda de nutrientes dos alimentos. Dessa maneira, você investe na qualidade dos produtos e na conservação do meio ambiente.
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2. Invista em tecnologias para gestão
A automação de processos, impulsionada pela Indústria 4.0, é uma realidade no mundo dos negócios, independentemente do setor em que você se encontra. E não poderia ser diferente nos sistemas agrícolas. Também conhecido como agricultura digital ou agricultura 4.0, este modelo consiste em utilizar tecnologias como a Internet das Coisas (IoT) para controlar todo o processo de cultivo e, consequentemente, ampliar sua eficácia e capacidade de produção.
Ao explorar as possibilidades tecnológicas em sua rotina de trabalho, o gestor agrícola pode utilizar softwares intuitivos, com informações em tempo real, para:
- Otimizar estoques;
- Identificar o potencial de produção da lavoura;
- Controlar cuidadosamente a rentabilidade do negócio;
- Identificar e controlar as compras e vendas;
- Organizar tarefas e reduzir custos;
- Acompanhar e otimizar a quantidade de água e fertilizantes utilizada;
- E muito mais.
Utilize as tecnologias a seu favor. Com elas, é possível armazenar e acessar dados relevantes sobre seu negócio a qualquer momento: use-os para guiar a tomada de decisões estratégias, que irão influenciar no crescimento dos negócios.
Conheça as principais inovações tecnológicas no agronegócio
3. Integre a cadeia de mantimentos
Compreender a total logística de compra, venda e distribuição de produtos e materiais tem uma imensa importância na sua planilha de gastos. A cadeia de mantimentos (também conhecida por “supply chain“, termo original em inglês) engloba todos gastos com estoque, armazenamento, transporte, distribuição e mais. Agora pare e pense: no seu negócio, todos esses processos estão integrados de maneira inteligente?
Saiba como escolher o fornecedor ideal para o seu negócio.
Aqui, mais uma vez, o uso de tecnologias é seu maior aliado. Com plataformas e ferramentas especializadas, você consegue ter uma visão macro de todas as informações relacionadas à cadeia de mantimentos com facilidade, podendo identificar e aplicar mudanças que otimizem processos específicos, como o giro de estoques, e corrijam possíveis “gargalos”, como caminhões ociosos e alta produção para baixa demanda.
4. Antecipe compras de materiais
A gestão de custos é fundamental para o sucesso do seu sistema de produção agrícola, e todas as variáveis financeiras influenciam. Inclusive o período de compras. Você sabia que o atraso da compra de materiais, deixando-a para o período de pico, pode acarretar um aumento de 30% a 40% no orçamento?
Calcule os insumos necessários e os custos e efetue as compras com um bom período de antecedência – utilize os softwares de automação e redefina sua supply chain para isso!
Aplique essas 4 atitudes com precisão e tenha certeza: seu sistema de produção agrícola será mais ágil, produtivo e econômico, apto para atuar e se adaptar aos novos tempos. Ao manter a saúde do solo, garantir processos integrados e dados em tempo real, integrar a cadeia de mantimentos e reduzir os gastos, sua empresa terá uma imensa vantagem competitiva perante à concorrência.
E esse é apenas o começo. Que tal transformar seu negócio em um verdadeiro sistema de produção agrícola 4.0? Você pode conhecer os segredos de grandes empresas, que já são referência no setor, e descobrir como aplicá-los para otimizar ainda mais seu tempo e seus recursos. Vamos nessa?
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