O conceito de cidades inteligentes está diretamente relacionado às transformações que acontecem na sociedade, cada vez mais conectada e tecnológica.
Você já parou para pensar em como a tecnologia está gradualmente entrando em nossas vidas? Isso vale para diferentes esferas da sociedade, principalmente com o surgimento das chamadas cidades inteligentes em meio às transformações do cotidiano.
Receber esse título é sinônimo de inovação e, ao mesmo tempo, atestar que as coisas funcionam no dia a dia do município a partir de recursos tecnológicos. Grandes cidades, que costumam ter problemas maximizados, investem bastante para que tudo funcione.
Há cidades que possuem esse título presentes em todas as partes do planeta e nos mais variados continentes. As principais delas se localizam na Europa, mas existem também outras em partes das Américas do Sul e do Norte, e na Ásia.
Quer entender melhor o que são esses lugares? Saber quais os indicadores para avaliação? Descobrir como a tecnologia pode impactar a favor dos municípios? Continue a leitura do texto e tenha mais detalhes a respeito do tema.
O que são cidades inteligentes
A capacidade de resolver problemas e se adaptar. Essa pode ser uma definição dada à “inteligência”. Podemos dizer assim que as cidades inteligentes são aquelas que utilizam de recursos tecnológicos para melhorar a vida das pessoas de maneira social e sustentável.
Isso é feito a partir de investimentos em infraestrutura por meio de uma melhor gestão social, ambiental e econômica. As ações permitem aperfeiçoar a qualidade na rotina desses lugares, trazendo maior eficiência com auxílio da tecnologia.
Entre as características de locais que possuem o título de “inteligentes”, é possível destacar:
- Uso de recursos tecnológicos (Inteligência Artificial, sensores, alto volume de dados);
- Eficiência na gestão social, ambiental e econômica;
- Maior qualidade de vida aos moradores;
- Acesso à cultura e educação de qualidade;
- Fomento à indústria para o desenvolvimento econômico;
- Monitoramento de aspectos como transporte, segurança e saneamento;
- Bom relacionamento com o meio ambiente.
Cidades que apresentam aspectos citados acima se destacam, principalmente por meio dos aspectos tecnológicos no dia a dia. Há algumas situações de rotina no dia a dia em que dá para notar a atuação da tecnologia com objetivo de tornar o processo mais simples.
- Gerar a iluminação pública com tempo para ligar e desligar;
- Otimizar o fornecimento de energia conforme dados de consumo;
- Câmeras de monitoramento para aumentar a segurança;
- Interligação entre diferentes meios de transporte;
- Mídias sociais e smartphones usados como aliados nas iniciativas;
- Gestão de recursos para diminuir impacto no meio ambiente;
- Entre outros.
É comum encontrar cidades que adotam práticas inteligentes na Europa, principalmente pelo alto desenvolvimento no continente. Entretanto, há também em outras partes, como nos Estados Unidos, e alguns lugares da Ásia e América do Sul.
- Amsterdã (Holanda — Europa);
- Barcelona (Espanha — Europa);
- Copenhague (Dinamarca — Europa);
- Londres (Inglaterra — Europa);
- Medellín (Colômbia — América do Sul);
- Nova York (EUA — América do Norte);
- Paris (França — Europa);
- Pequim (China — Ásia);
- Reykjavik (Islândia — Europa);
- Santiago (Chile — América do Sul);
- Tóquio (Japão — Ásia);
- Xangai (China — Ásia);
- E mais!
No Brasil, temos também locais considerados “inteligentes”, segundo o ranking Connected Smart Cities. São Paulo (SP) lidera a lista, que ainda conta com regiões como Florianópolis (SC), Curitiba (PR), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), entre outras.
Surgimento das cidades inteligentes
Apesar das transformações impulsionadas pela tecnologia hoje, o termo não é tão novo. Ele foi usado pela primeira vez ainda na década de 1990 ao tratar sobre questões relacionadas ao planejamento urbano e à busca pela inovação, ainda tímida na época.
Em um contexto com crescimento da internet, os gestores notaram a necessidade de usar recursos assim em ações no dia a dia. As cidades inteligentes ganharam força a partir de 2006 com a popularização de computadores e outros dispositivos tecnológicos.
Isso permitiu uma mudança de postura entre os líderes governamentais. Os recursos disponíveis precisavam ser otimizados e a tecnologia se tornou aliada para realizar o trabalho com eficiência. Aliando ainda uma nova consciência em relação ao meio ambiente.
Foram condições ideais para pavimentar o caminho das chamadas “Smart Cities”. Elas se transformaram pautadas por três pilares essenciais que coordenam todas as ações:
- Governança
- Capital Humano
- Estilo de vida
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Cidades inteligentes e o 4.0
O conceito de 4.0 remete à quarta revolução industrial, ou seja, o envolvimento da tecnologia ao longo dos processos. Isso engloba o uso de aspectos como Inteligência Artificial, robótica, Internet das Coisas e computação em nuvem nas ações.
A tecnologia aplicada de maneira correta em diferentes esferas proporciona vantagens essenciais no dia a dia. Há aumento na produtividade, maior eficiência, otimização de recursos, inovação, redução de erros e melhoria na infraestrutura.
Utilizar esses meios passa diretamente por ter boas práticas nas cidades inteligentes. Isso deve ser feito com organização e planejamento ao usar as informações em tempo real para fornecer estratégias assertivas de inovação para melhorar a vida das pessoas.
Vai trazer então vantagens à administração pública ao permitir um olhar mais abrangente sobre os problemas do município. Desse modo, permite buscar alternativas a fim de suprir as necessidades de cada um e ter novas oportunidades.
Indicadores das cidades inteligentes
Existem indicadores importantes que servem de termômetro antes de um lugar ser tratado como “inteligente”. Eles servem para mostrar como está a situação, ou seja, se existe algo a mudar, a melhorar ou até mesmo a ser corrigido, segundo levantamento da Giffinger.
1. Economia
- Empreendedorismo;
- Produtividade;
- Mercado de Trabalho;
- Inovação;
- Capacidade de se transformar;
- Participação internacional.
2. Pessoas
- Criatividade;
- Flexibilidade;
- Nível de qualificação;
- Diversidade étnica e social;
- Participação na vida pública.
3. Governança
- Transparência;
- Tomada de decisão;
- Políticas públicas e sociais;
- Estratégias e perspectivas políticas.
4. Mobilidade (transporte)
- Acessibilidade;
- Infraestrutura disponível;
- Tecnologias de informação e comunicação;
- Sistema de transporte;
- Segurança, sustentabilidade e inovação no transporte público.
5. Meio ambiente
- Uso consciente dos recursos naturais;
- Níveis de poluição;
- Proteção ao meio ambiente;
- Gestão sustentável.
6. Estilo de vida
- Serviços culturais;
- Condições de saúde;
- Segurança;
- Qualidade habitacional;
- Educação;
- Turismo;
- Coesão social.
Usar a tecnologia para resolver demandas do dia a dia e melhorar a vida das pessoas é uma realidade. Ela faz parte cada vez mais das cidades inteligentes, que se transformam de maneira constante para oferecer mais eficiência e boas práticas à população.
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