Entenda o conceito, conheça a diferença entre ductilidade e fragilidade, veja exemplos de materiais dúcteis e mais.

Muitas características são levadas em conta para certificar a qualidade de um material, especialmente ao definir a classe de resistência de um fixador. As principais propriedades consideradas são resistência, ductilidade e dureza. Você sabe o que elas significam? Descubra a seguir.

 O que é ductilidade?

Ductilidade é uma propriedade dos fixadores. Ela indica o grau de deformação que o material consegue suportar (a chamada deformação plástica) antes de se romper totalmente. De maneira simplificada, o conceito define a maleabilidade da peça, informação muito importante para a escolha dos fixadores ideais.

As medidas utilizadas para definir o grau de ductilidade são expressas em “%” e obtidas a partir de  um ensaio de tração. As principais delas são:

  • alongamento total do material antes da ruptura;
  • redução de área na fratura. 

Os metais costumam ter alta ductilidade, pois sua estrutura possibilita o deslizamento dos átomos com mais facilidade. Além disso, os metais contam com outra propriedade mecânica, a “tenacidade”. Ela indica a quantidade de energia máxima que podem absorver antes de se romperem.

Por conta dessas características, os metais podem sofrer grande deformação. Eles suportam grandes impactos, seja por laminação ou ao serem transformados em fios metálicos, sem se partirem. Essa é uma grande vantagem, pois é possível trabalhar os materiais de formas diferentes.

Ainda assim, a propriedade dos metais varia muito de acordo com o tratamento térmico e os processos de fabricação utilizados. Dessa maneira, materiais com características químicas idênticas podem ter graus diferentes de ductilidade. Então, é importante prestar bastante atenção a essas informações!

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 Ductilidade x Fragilidade

Ao especificar um material, é importante ter em mente que a fragilidade e a ductilidade são propriedades inteiramente opostas. Enquanto a tendência de um material a deformar-se antes de se romper é uma medida de sua ductilidade, a ausência de deformação é chamada de fragilidade.

Ou seja, quanto maior a ductilidade, menor a fragilidade. Com base nessa definição é possível afirmar que, muitas vezes, a fragilidade é uma propriedade requerida em um projeto. Nesses casos, se faz uso de materiais cerâmicos, vidros e alguns tipos de polímeros.

Já o aço é um ótimo exemplo de material dúctil. Por isso, é amplamente usado na produção de parafusos e fixadores da indústria brasileira e internacional. Do ponto de vista da engenharia, apresenta maior capacidade de “alongamento” e dá sinais quando está prestes a romper.

Agora você já deve ter entendido que não existe material bom ou ruim, não é mesmo? Tudo depende das necessidades e da aplicação. Por isso, é importante que o engenheiro tenha conhecimento profundo das propriedades dos materiais e, assim, saiba escolhê-los corretamente.

Ao superar o limite de resistência ao escoamento, as peças sofrem deformações permanentes (deformação plástica). Consequentemente, além de provocar prejuízos e retrabalho, ainda colocam em risco a segurança das obras, trazendo riscos para as pessoas. E nós sabemos que isso não pode acontecer.

Portanto, para evitar todos esses problemas, a Ciser disponibiliza tabelas de orientação de valores de torque de aperto. Esses valores são definidos em função das bitolas e da classe de resistência dos produtos. E o melhor, podem ser consultados por você a qualquer momento.

Aproveite para consultar a tabela agora mesmo e assegure o bom andamento do seu projeto!

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