As juntas de dilatação existem por diferentes razões, mas a principal é manter a estabilidade de estruturas na construção civil.

Ao chegar em um ambiente você já se espantou com a presença excessiva de trincas, fissuras, rachaduras e deslocamento das cerâmicas? Além de ser desagradável esteticamente, esses problemas também podem ser nocivos para a integridade da edificação.

Possivelmente a origem de todos esses problemas é a mesma: a falta de juntas de dilatação e movimentação na obra. Essas juntas podem ser definidas como aberturas e espaçamentos nas superfícies de edificações da construção civil, com o objetivo de permitir a movimentação e expansão dos materiais.

Nessa publicação, iremos te apresentar a importância das juntas em aplicações como por exemplo pisos, fachadas, muros e calçadas, ressaltando boas práticas no planejamento e execução desse detalhe tão importante para a integridade futura das obras.

Os principais inimigos combatidos pelas juntas de dilatação

As edificações estão sujeitas a diversos fatores externos que podem comprometer sua estrutura. Entre os principais pode ser citado seus próprios movimentos em função da dilatação térmica dos materiais.

A corrida promove a dilatação térmica pois submete a um corpo a uma nova temperatura

A dilatação térmica é um dos fatores que pode interferir nas juntas de dilatação.

Dilatação Térmica é a variação que ocorre nas dimensões de um corpo quando submetido a diferenças de temperatura. A matéria de qualquer corpo aumenta de volume à medida que a temperatura aumenta.

Ambientes sujeitos a grandes gradientes térmicos e exposição direta ao sol, chuva e ventos estão mais propícios à movimentação significante, devido à mudança brusca de temperatura. Um bom exemplo é o asfalto e calçadas concretadas que estão expostas diretamente ao sol no verão, e de repente recebe água de uma tempestade.

Além das dilatações térmicas, também é imprescindível mencionar as movimentações estruturais. Possuem diversas origens, como por exemplo acomodações do solo, construção de edificações vizinhas, proximidade de tráfego de veículos pesados e até mesmo abalos sísmicos. 

Considerando que o concreto não consegue acompanhar essas movimentações, as juntas são as responsáveis por combater esses problemas e evitar os problemas mencionados no primeiro parágrafo do texto.  A junta atua permitindo uma movimentação mais livre dos planos, aliviando as tensões acumuladas.

Planejamento e execução de projeto com fendas de dilatação

Agora que você já conhece a importância das fendas de dilatação, como atuam, e o modo que elas auxiliam na conservação da estrutura da edificação, você deve estar se perguntando quais são os principais pontos de atenção para uma boa execução em seu projeto.

Como não podia ser diferente, o primeiro aspecto que deve ser observado é o cumprimento de diretrizes previstas em normas técnicas. São três as normas mais relevantes para essa etapa construtiva: 

  • NBR 13531 – Elaboração de projetos de edificações – Atividades técnicas;
  • NBR 13755 – Revestimentos cerâmicos de fachada e parede externas;
  • NBR 15575 – Norma de Desempenho de Edificações Habitacionais. 

A NBR 13755 é relacionada diretamente com as juntas de dilatação que serão executadas em fachadas com a presença de assentamento de revestimentos cerâmicos. Em sua última atualização, de 2017, passou abranger todos os tamanhos de placas cerâmicas.

Uma estrutura NBR 13755 feita com juntas de dilatação.

A construção de uma ponte é exemplo de estrutura com apoio de NBRs.

Já a NBR 13531 determina aspectos do projeto como a distribuição das fendas de dilatação ao longo do plano, profundidade e espessura, etapa em que será aplicada (alvenaria, chapisco, emboço…). Essas características irão depender diretamente do tipo de junta que está sendo considerada: dessolidarização, vertical ou horizontal. 

  • Juntas de dessolidarização: Situadas em mudanças de planos (quinas de paredes, tanto internas quanto externas). Impede o contato entre as peças cerâmicas dos dois planos, e que consequentemente desloquem (ou desplaquem).
  • Junta vertical: assim como as de dessolidarização, tem como principal objetivo aliviar as tensões no revestimento cerâmico, subdividindo o revestimento em partes menores, permitindo uma movimentação mais livre.
  • Junta horizontal: são feitas de andar em andar da edificação na horizontal a cada três metros entre a parede e a estrutura.  Além disso, as normas falam que quando se tem cores mais escuras deve-se diminuir o espaçamento entre elas.

Por fim, a NBR 15575 aborda a vida útil das edificações e suas respectivas manutenções. Traz responsabilidades para todos os envolvidos com a edificação: projetistas, construtores, clientes e fornecedores de matérias.

Nesse caso será imprescindível analisar os produtos utilizados na execução das juntas de dilatação, com destaque especial para os selantes e sua durabilidade. Produtos de baixa qualidade não irão propiciar uma vedação duradoura da junta, possibilitando o aparecimento de infiltrações e umidade na estrutura.

Isso porque podem apresentar falhas precoces, como o descolamento do substrato, rompimento devido às movimentações e também surgimento de fissuras pela ação dos raios UV.

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Dica para selar juntas de dilatação

Além da escolha do selante ideal para vedação, a preparação do substrato também é essencial para o sucesso da aplicação. Primeiro garantindo a correta proporção do fator forma, que nada mais é do que uma relação entre a largura e espessura do selante a ser aplicado.

A preparação do substrato faz diferença no momento da selagem

Escolher o selante certo é essencial para fazer a vedação das juntas.Caso a junta não esteja seguindo o parâmetro especificado em norma, devem ser utilizados limitadores de profundidade de polietileno expandido no fundo da junta como fator de correção. 

O respeito a esse fator faz com que o selante possua área de contato suficiente com o substrato para ter adesão, mas sem ficar muito espesso de maneira que prejudique a movimentação e flexibilidade.

E não menos importante, a limpeza da junta também deve ser feita com muita cautela antes da aplicação do selante, eliminando toda poeira, óleos, graxas e particulados soltos que possam prejudicar a adesão do vedante no substrato.

Conheça as soluções Ciser para vedação das juntas de dilatação

Conforme mencionado anteriormente, a vedação é uma etapa crucial para conservação das juntas de movimentação e dilatação, garantindo assim que não entre água para a parte interna da estrutura.

Por isso, a Ciser conta em sua linha com selante de tecnologia MS Polymer®. Devido a sua elasticidade e seu alto poder de adesão em diversos substratos, o produto veda e sela com alta performance, aceita pintura após seco e possui alta resistência às intempéries, ideal para esse tipo de aplicação.

Sua capacidade de movimentação de 25% é ideal para absorver as movimentações da estrutura sem descolar do substrato. E o mais legal é que é um produto livre de componentes orgânicos voláteis (VOC Free), perfeito para juntas de dilatação de obras verdes que contribuem com o meio ambiente. Confira nosso catálogo de químicos!

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