Toda tecnologia que ganha destaque no dia a dia normalmente passa por um período de conflito. Por isso, há mitos sobre energia solar bastante populares.
Esses equívocos difundidos como verdades criam dúvidas e receios nos usuários, freando o rápido crescimento da energia fotovoltaica. Por isso, a importância de quebrar os mitos sobre a Energia Fotovoltaica, afinal, o sistema será responsável por diversos benefícios para o meio ambiente, como, por exemplo: redução de poluição por fontes contaminadoras (carvão) e de gases do efeito estufa, diminuição do desmatamento e elevação do uso de recursos naturais. São diversas as vantagens da utilização de uma fonte de energia inesgotável.
Considerando essas especulações, confira abaixo 5 mitos que são constantemente alimentados sobre a instalação de energia solar fotovoltaica.
1. Dias nublados ou de inverno não produzem energia
Para conflitar esse mito, antes de qualquer coisa é importante entender como ocorre a geração da energia no sistema fotovoltaico. A geração de energia fotovoltaica funciona por meio da radiação solar, não da luz do sol. A radiação é convertida em energia elétrica. Essa conversão é realizada pelas chamadas células fotovoltaicas, compostas por material semicondutor, normalmente o silício.
Em dias não tão ensolarados, a produção de energia solar pode acontecer de maneira reduzida, mas o sistema não parará de funcionar, pois os painéis solares precisam de incidência solar direta para gerar a energia solar plenamente. Desse modo, as nuvens tornam a incidência solar difusa aos painéis, o que minimiza a produção de energia, mas não anula.
E vale ressaltar que a chuva não é um vilão que irá comprometer o sistema, muito pelo contrário. Ela ajuda na manutenção dos painéis, limpando a sujeira acumulada.
Mitos e verdades sobre a energia solar em dias nublados
O mais importante é que, com os dados climáticos das mais diversas regiões do país, é possível realizar cálculos de dimensionamento que irão compensar a produção inferior dos dias nublados ou chuvosos, mantendo o sistema com funcionamento pleno.
2. O sistema exige manutenção frequente e cara
Apesar de toda a tecnologia envolvida, a manutenção do sistema fotovoltaico é muito simples. A principal parte consiste na limpeza dos painéis, que normalmente é realizada somente a cada 6 meses. Você pode conferir todas as particularidades desse processo nesse link sobre limpeza dos painéis.
Mas de maneira resumida, a limpeza é realizada apenas com água e sabão, sem complicadores de materiais difíceis de encontrar. Priorize sempre escovas de cerdas macias, que garantam que as placas não sejam arranhadas no processo.
Fique calmo, pois a manutenção não irá lhe causar dor de cabeça. A vida útil do sistema depende das orientações dos fabricantes, mas certamente será de muitos e muitos anos.
3. A operação do sistema exige a utilização de baterias
Existem sim sistemas fotovoltaicos que fazem o armazenamento de energia em baterias, entretanto, não são os mais populares no Brasil. Conhecidos como sistemas off grid, operam com uma estrutura complexa e mais cara, que pode ser dividida em três partes:
- bloco gerador;
- bloco de condicionamento de potência;
- e bloco de armazenamento.
Confira o conteúdo: Sistema on grid X off grid, qual a diferença?
Os sistemas off grid operam com uma estrutura complexa e divida em três partes.
No Brasil, predominam os sistemas On grid, no qual há conexão com a rede pública de energia. Nele, a energia gerada pelos módulos solares vai para a rede elétrica da distribuidora a qual o usuário está conectado. Nesse caso, a produção excedente vai para outras unidades em troca de créditos que podem abater parte do valor das faturas dos próximos meses. Temos um sistema conectado que permite que quem gera a energia utilize toda a quantidade que produz por mês, seja por meio do próprio sistema ou pela rede pública — sem pagar por isso.
4. As placas de captação são frágeis
Mais um mito que pode ser desmentido com a tecnologia envolvida no processo de fabricação. Empresas consolidadas no mercado nacional recebem certificações de órgãos oficiais, baseadas na utilização de normas internacionais no processo produtivo.
Os painéis recebem, durante a fabricação, um vidro temperado especial, que além de ter propriedades anti reflexivas, são projetados para suportar os impactos a que o sistema está sujeito, como chuvas de granizo, por exemplo.
Pedras de granizo com aproximadamente 1 cm irão atingir o solo com uma velocidade máxima aproximada de 32 km/h, enquanto os painéis são projetados para suportar impactos de até 80 km/h para objetos desse tamanho.
5. A instalação é demorada e requer grandes obras
Obras dentro de casa são capazes de deixar qualquer um de cabelos em pé, não é mesmo? Mas a boa notícia é que isso não se aplica para a instalação da energia fotovoltaica em residências. O processo de instalação é realizado em somente duas etapas: fixação dos painéis nos telhados e instalação do inversor.
O Inversor é o equipamento usado para converter a energia gerada pelos painéis solares de corrente contínua (CC) em corrente alternada (CA). Normalmente é colocado perto do quadro de luz dentro das residências, sendo fixado na parede.
Já para as placas fotovoltaicas, a instalação pode ser realizada em diversos tipos de telhado, como metálicos, cerâmicos ou de fibrocimento, por exemplo. O único ponto que pode atrapalhar um pouco essa instalação é o difícil acesso ao telhado. Mas fique tranquilo! Mesmo assim, o tempo total do processo não irá passar de 2 dias.
Entenda como é feita a instalação de painel fotovoltaico e principais mitos.
Portanto, essas desmistificações contribuem para ressaltar e reforçar a vantagem da implementação dos sistemas fotovoltaicos. E para auxiliar na busca por informações, preparamos um material sobre a geração distribuída, tecnologia que tem ganhado cada vez mais espaço na matriz elétrica brasileira.
Quer saber mais sobre essa tendência para os próximos anos? Confira algumas dicas sobre a instalação de painel solar acessando o link: https://blog.ciser.com.br/energia-solar/instalacao-painel-solar-concreto/
