Entenda a anatomia do parafuso e veja como esse produto está se desenvolvendo nos últimos anos.

Saber a anatomia do parafuso é essencial, pois são elementos de fixação importantes para a indústria e montagem de diversos materiais. Por serem pequenos, muitas vezes, passam despercebidos pelas pessoas, mas são fundamentais para qualquer projeto que precise unir, de forma permanente ou não, duas ou mais peças.

Hoje, existem muitos tipos no mercado, que servem para diversas aplicações. O que varia são os formatos das partes dessa peça, que costuma ser composta por cabeça, fenda, pescoço, corpo, rosca e ponta.

Para ajudar você a escolher os parafusos certos e contemplar todos os tipos de projeto, falaremos sobre todas as partes que compõe o produto, bem como suas características e principais qualidades. Continue a leitura do texto e descubra mais sobre ele.

Conheça a anatomia do parafuso

Você já sabe que um parafuso tem seis partes principais: cabeça, fenda, pescoço, corpo, rosca e ponta. No entanto, a presença dessas partes variam de acordo com os tipos. Por exemplo, há parafusos sem ponta, ou seja, a parte roscada vai até o fim do seu comprimento.

A seguir, saiba mais sobre cada uma das partes, diferenças entre os modelos e como podem seu usados.

Infográfico explicando a anatomia do parafuso

Cabeça

A cabeça é uma parte muito importante na anatomia do parafuso. Isso porque, normalmente, suas características definem o tipo do produto. Ela permite que a peça seja apoiada e movimentada — com as mãos ou o auxílio de ferramentas — para ser fixada ou removida.

As cabeças podem ter formatos diferentes que variam de acordo com a aplicação e o tipo de acabamento que se deseja dar ao projeto. Essa geometria que determina a identificação do produto. Alguns dos tipos de cabeça de parafuso mais comuns são:

  • Sextavada;
  • Lentilha;
  • Flangeada;
  • Redonda;
  • Oval;
  • Panela;
  • Chata.

Alguns parafusos são gravados com a identificação do fabricante e algumas características do produto, como sua classe de resistência. Para estar de acordo com as normas, os parafusos devem ter, de um lado da cabeça, a marca do fabricante ou a letra inicial da marca. De outro, a identificação da classe ou grau de resistência.

Essa identificação muda em função da norma utilizada para a fabricação. No entanto, alguns parafusos não precisam ser gravados, como exemplo os parafusos de grau de resistência 1 e 2.

Saiba como descobrir as dimensões dos parafusos

Fenda

A fenda é a cavidade que fica sobre a cabeça do parafuso. Nem todos os parafusos têm fendas, mas muitos modelos vêm com pequenas reentrâncias,. A função é facilitar a fixação das peças com o auxílio de ferramentas como as chaves de fenda e ponteiras.

Há alguns tipos de fendas que podem ser encontrados com mais facilidade. Entre elas podemos citar:

  • Robertson;
  • Six Lobe;
  • Combinada;
  • Simples;
  • Sextavada Interna ou Allen;
  • Tri Wing;
  • Spanner ou dois furos;
  • Pozidriv;
  • Phillips;
  • Torx.

Pescoço

O pescoço fica abaixo da cabeça e a rosca do parafuso, sendo a parte lisa da peça. Muitas vezes, ele não é nem percebido, mas tem vários formatos. Além disso, alguns podem ser mais compridos que as roscas ou serem apenas travadores com tamanhos diferentes.

Entre os modelos, é possível citar:

  • Quadrados;
  • Redondos;
  • Ovais
  • Recartilhados.

Rosca

A rosca é definida como um conjunto de filetes. Ela é montada em furos roscados com movimentos circulares e pode ser inteira, indo até o fim da haste do parafuso, ou cobrir apenas uma parte da peça, consideradas parciais.

Essa parte na anatomia do parafuso pode ter várias aplicações. Algumas são a fixação de parafusos em madeira, em metais, polímeros e outros substratos, conexão de canos e peças distintas, e mudanças por meio da transformação de movimento de rotação em linear. 

Embora todas as roscas sigam a mesma lógica, elas podem ser de diferentes tipos, dependendo da norma que as rege. Normalmente, definidas a partir de alguns aspectos:

  • Diâmetro;
  • Número de filetes;
  • Geometria dos filetes (milímetros ou polegadas).

Os filetes podem ter formatos diferentes, sendo triangulares, trapezoidais, redondos, quadrados ou dentes de serra, e ter inclinações diferentes, medidas a partir da base do eixo do parafuso. Essas inclinações podem ser direitas, subindo da direita para a esquerda, ou de esquerda, que sobe da esquerda para a direita.

Um dos principais tipos de  rosca é a triangular, que tem grande usabilidade para a fabricação de máquinas e equipamentos em geral. Elas podem seguir três sistemas de normas: métrico, americano e Whitworth (Inglesa).

As roscas ainda variam de acordo com o número de filetes contidos em um determinado comprimento, que define as roscas como roscas grossas, também conhecidas como normais, têm menos filetes que as finas.

Nos sistemas americano e inglês, a rosca grossa é relacionada às siglas UNC e BSW, enquanto as roscas finas são representadas pelas siglas UNF e BSF. No mercado brasileiro, a sigla MA é usada para a rosca grossa e a MB é usada para a rosca fina.

Ponta

A ponta do parafuso é, como o nome indica, a extremidade que entra em contato primeiro com o local em que a peça será fixada. A seguir, saiba mais sobre os principais tipos dessa parte na anatomia do parafuso.

Chanfrada, cônica e com piloto

Servem como guia para a entrada do parafuso em outra peça. Assim, facilitam a montagem e ajudam a evitar que o primeiro filete amasse durante o processo de montagem.

Tipo C (cônicas)

Usadas em parafusos auto atarraxantes com ângulo de 45º e uma entrada de rosca — tipos C, A e AB. Elas têm a finalidade de facilitar a introdução em furos puncionados ou extrudados em chapas.

Agulha

É um formato usado em parafusos específicos, que podem ter uma ou duas entradas de rosca. Eles têm a capacidade de perfurar chapas metálicas finas, com até 0,8 mm de espessura.

Broca

Torna os parafusos capazes de fazerem os seus próprios furos em substratos metálicos, formando ou cortando roscas na contra peça. As pontas brocas podem ser de 5 tamanhos: #1 #2, #3, #4 e #5.

Broca com asas

Além de ter o formato de broca, conta com asas alargadoras, que realizam perfuração na peça que será fixada para evitar a formação de roscas e provocar a abertura de juntas. Essas asas são resistentes em materiais mais frágeis que o metal, como a madeira, mas são quebradas quando a rosca chega a materiais mais duros, como o aço.

Os parafusos são materiais de baixo custo que facilitam bastante a montagem e a desmontagem de peças. Hoje, há peças ideais para qualquer tipo de aplicação, mas nem sempre foi assim.

Anatomia do parafuso: surgimento

Não existe uma versão oficial de quando o parafuso surgiu, mas algumas teorias suspeitam do momento em que essas pequenas peças foram inventadas. A mais famosa delas acredita que Arquitas de Tarento, grego que viveu no século de 400 a.C., criou a peça para usá-la em prensas de extração de azeite de oliva e na produção de vinho.

Anos depois, por volta de 250 a.C., Arquimedes também participou da construção do parafuso. Acredita-se que ele criou o princípio da rosca com o objetivo de usá-la em sistemas de irrigação.

Em 79 a.C., as peças já eram usadas em instrumentos cirúrgicos e, no início do século XV, tinham suas funcionalidades descritas em livros. Leonardo da Vinci e Jacques Besson foram outras personalidades que colaboraram para a evolução dos parafusos, planejando e construindo máquinas capazes de fabricá-los.

Após passar por tantas mãos, o parafuso se popularizou e se tornou uma peça muito importante para a montagem de diversos objetos. Encontramos a peça em móveis, automóveis, dispositivos eletrônicos e até itens menores de decoração, como acabamentos para tomada.

A peça se tornou uma ótima solução para várias questões, mas também trouxe alguns dilemas. Inicialmente, fábricas e ferreiros desenvolviam parafusos com tamanhos diferentes, o que dificultava o intercâmbio das peças.

Por isso, foram criados padrões mundiais, com métodos de medição e garantia de qualidade, que tornaram o uso dos parafusos universal. 

Leia também: os principais tipos de parafusos!

Como escolher parafuso

Agora você já conhece as partes da anatomia do parafuso, pode escolher os tipos mais adequados para projetos variados. Mas, antes de escolher os modelos, é importante procurar peças de qualidade, produzidas por uma marca confiável.

Novas tecnologias permitem a criação de peças cada vez melhores, com maior durabilidade e resistência. A nanotecnologia é um exemplo disso.

Com a manipulação de matéria em escala nanométrica, é possível produzir parafusos mais resistentes à corrosão, com acabamento de maior qualidade, estética superior e menos impactos ao meio ambiente.

Aplicação na indústria e linha Nanotec, da Ciser

Com a garantia de que os parafusos são de qualidade, você deve observar algumas características para saber se eles são adequados para as aplicações que os seus clientes procuram. Os parafusos são classificados de acordo com a sua função.

  • Pressão (fixados por meio da pressão exercida pelas suas pontas na contra peça);
  • Prisioneiros (ideais para projetos que precisam ser montados e desmontados constantemente);
  • Passantes (não têm cabeça e atravessam a peça que será unida de lado a lado);
  • Não passantes, (não utilizam porca).

Para fazer uma boa escolha, é importante saber quais os projetos que precisarão dos parafusos, prestar atenção no comprimento da peça, em seu diâmetro, no tipo de cabeça, de fenda e de rosca, a resistência e acabamento. 

Agora que você já conhece a anatomia do parafuso, pode escolher os tipos que trarão os melhores resultados para o seu negócio.

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